Quando eu era uma criança a vida parecia tão mais descomplicada ... Nada de dinheiro mas muita, muita felicidade. Quisera eu poder retornar à minha infância. Não só para rever os amigos, alguns hoje perdidos no tempo, mas também para poder retomar amores de infância.
Não que tenha arrependimento de não ter feito algo, não. Apenas porque os amores de infância parecem-me hoje tão mais autênticos, ainda que não fosse arrebatador como os amores de hoje.
Beatriz, Sarah, Isabela, Eliana e tantas outras. Gostei de um punhado de meninas. Algumas até acabaram por gostar de mim. Outras, não. Tomei tanto não na cara que fiquei meio especialista. Já estava acostumado a tomar não, ainda que a cada vez doesse muito mesmo.
E quando eu tomava um sim ... Ah, que delícia. A conquista, saber que ela estaria lá. Invariávelmente durava coisa de apenas um mês, até que ela enjoasse de mim ou vice-e-versa ou ambos enjoássemos um do outro.
E assim, partíamos para outra.
Mas eu nunca fui lindo. Nunca fui o cara mais popular. Nunca fui o cara mais lembrado. Sempre fui aquele cara que sentava na frente, prestava atenção à aula e que tinha por objetivo sempre ter a melhor nota da sala. E, invariavelmente, eu o tinha.
Inteligência? Talvez. Atenção, muita. Timidez? Completa, total, enorme! Introspecção total.
Só melhorei mesmo depois dos 17 anos. Até então, eu era um poço de timidez. E hoje, há pessoas que dizem que eu sou presunçoso. Será?
E agora, relendo o post, verifico que ficou meio sem pé nem cabeça. Ah, to nem ai ... Se não gostou, vai reclamar ali nas intromissões.
Um comentário:
vc é presunçoso...
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