terça-feira, outubro 3

A Lua

Ontem olhei para a Lua e vi nela um ar de deboche ... Como sorrindo para mim, ela ficou lá, no alto, ofuscando a luz de outras estrelas que pairavam perto dela. Bem, perto é maneira de se dizer ... ah, vocês sabem do que estou falando. =)

Foi bacana observá-la. Quantos poetas não escreveram sobre ela, quantos amores não foram jurados sob a luz desse satelite natural que paira lá no ar, sozinha ...

Sempre que penso na Lua me lembro de uma gravura antiga, possivelmente encartada em alguns dos livros que li do Julio Verne. Explico: a gravura é a de uma Lua sorridente, com olhos, nariz e boca. E em um dos olhos está uma luneta como se fosse um monóculo em que observa a Terra.



Engraçado é que nós é quem a observamos e não o contrário.

E ai me lembrei que pouco paramos para observar o que se passa à nossa volta. Sempre temos os mesmos assuntos: finanças, política, futebol, guerras, conflitos, catástrofes e tantos outros tão menos importantes ...

Mas nos esquecemos de olhar para algo tão comum quanto a Lua. Aliás, não basta apenas olhar. É preciso ver, enxergar. Quantas vezes apenas olhamos e não vemos?

Se eu pudesse ter uma coisa, seria viajar para a Lua. Sentir a falta de gravidade e de lá, como no topo do mundo, poder ver esse pequeno planetinha azul que insiste em sobreviver mesmo com as coisas que nós, humanos, fazemos contra Gaia.

Acho que estou assim desde que vi aquele filme "As Torres Gêmeas". Claro que não vivi o episódio, não sei o que é estar soterrado sobre toneladas de escombros com a iminente possibilidade de morte rondando a cada respiração. No entanto, o filme retrata o sofrimento real de dois policiais soterrados.

E a cada momento eles se lembravam de pequenos detalhes da vida deles que talvez antes tivessem passados desapercebidos.

Fiquei refletindo nisso e resolvi fazer esse post, como há muito não o fazia ...

Até mais!