terça-feira, julho 25

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No trabalho acabei por receber um elogio daqueles. Essas semanas tem sido particularmente dificeis. Muitos projetos para entregar, muita coisa por fazer. Temos feito hora extra quase todos os dias, a fim de terminar os projetos.

Não sei o que é pior. Ficar lá e fazer isso ou levar o trabalho para casa. De qualquer forma, as coisas estão andando. Nesse ultimo final de semana fiquei escravo do trabalho (apesar de dar um tempo ou outro para dar uma escapada, já que parentes do meu pai estão aqui em São Luís e tenho de dar atenção a eles também).

Até ontem, meus emails se acumulavam na caixa postal e esse blog estava meio que jogado às traças.

Mas vamos ao elogio ...

Há diversas áreas onde eu trabalho. Uma delas fica em uma edificação do outro lado da praça. Então, somos duas equipes.

Entrou na sala um camarada que trabalha do outro lado da praça. E ele estava me dizendo do caos que se encontra lá. Não por má gerência, mas porque alguns dos que lá trabalham simplesmente não vestem a camisa. Funcionários públicos, para dizer tudo.

E esse tal fulano resolveu viajar para o interior do estado, para resolver uns problemas pessoais. Na verdade, segundo outras pessoas disseram, ele foi fazer um 'bico' por lá. E lá chegando, sequer avisou as pessoas que aqui ficaram.

Sei que ligou o nosso superintendente e chamou por ele. O que atendeu, sem papas na lingua, até porque acabaria o prejudicando, disse, com todas as palavras:

- Olha, o fulano não está aqui. Aliás, ele não vem aqui já há três dias. Hoje é o quarto dia sem ele pisar aqui e nem ao menos dar uma justificativa.

Foi como se tivessem jogado uma bomba por lá. Eu concordo com o que disse a verdade. Afinal, ele se prejudicaria caso mentisse ou omitisse. E, convenhamos, acobertar safadagem de gente que não quer trabalhar não é algo que uma pessoa tenha de fazer, certo?

O caso é que esse Fulano, que veio até minha sala, me convidou para ser o chefe lá. Me disse que eu poderia ficar por lá, porque me achava no perfil para tal cargo. Excelente, pensei.

Antes mesmo de eu responder, veio o outro que trabalha na sala e disse:

- Ei, eu quero ser chefe lá.

E isso sem nem ao menos eu ter respondido. Engraçado como nessas horas a gente descobre as pessoas. O cara simplesmente queria tomar o meu lugar. Com isso, o tal Fulano respondeu a ele:

- Certo, mas eu não estou chamando você para ser chefe. Estou chamando ele. Até porque ele é um excelente profissional e não falta, ao contrário de outras pessoas.

Bem, esse cara que trabalha comigo deve ter pensado que se tratava do rapaz que foi para o interior sem avisar nem nada. Que nada ... Tava falando dele mesmo, já que ele também falta quase todos os dias. E, quando vem, dá uma desculpa para chegar cedo ou invariávelmente chega mais tarde.

Não disse nada para o Fulano. Apenas disse que pensaria na proposta dele. Afinal, apesar de serem áreas similares, a área de atuação no outro prédio é totalmente diferente do que eu faço atualmente. Mais, é uma área da qual eu não gosto. Isso porque não mexe com a minha paixão, que aqui não cito.

Com essa percebi duas coisas: o pessoal tem visto com bons olhos o meu trabalho aqui. E esse cara que trabalha comigo é alguém de quem se tomar cuidado. Não que eu esteja preocupado de puxarem meu tapete. Longe disso. Mas é que se o cara fica com essa coisa de tentar passar na minha frente, é preocupante.

Felizmente não precisei dar uma resposta à altura para ele. O Fulano já se encarregou disso.

Um comentário:

D disse...

Eu sei que vc procura fazer tudo bem-feitinho, talvez seja essa nossa única semelhança, querer dar nosso melhor...
Boa Sorte, seu presunçoso metido...hehehe
E valeu mesmo por atualizar o blog